sexta-feira, 9 de março de 2012

Prosa: Sonhar...


Uma vez um menino entrou pela primeira vez em uma biblioteca e pegou emprestado um livro. A história era de uma viagem espacial para conquistar a lua. Ele não teve dúvida, não estava ali uma história para ser lida, mas uma vida para ser escolhida. O padrinho da escolha foi Júlio Verne e seu livro "Da terra à lua". 

O menino sonhou e em seu terreiro com um balanço e cobertas velhas fez seu foguete. O capacete era um saco de papel com abertura para os olhos. Os controles parte de uma vassoura e caixa de ovos virada com o fundo colorido com giz de cera. 

O jovem astronauta sonhou e voou. Foi mais longe que qualquer homem havia chegado. Conheceu países, planetas, galáxias e os limites ilimitados do universo. Não havia limite para sua Argos imaginária. 

O menino cresceu, o terreiro não existe mais, muito menos o antigo balanço. Nem tão pouco o menino conseguiu voar em uma espaçonave de verdade. Mas quem precisa de espaçonave quando se tem livros e imaginação? O homem de hoje é a nave do menino e o menino é o eterno sonho do homem. 

As estrelas continuam lá no céu, mas se você observar bem, toda noite o homem está lá em cima, com o combustível da imaginação, fazendo o menino mais uma vez passear no espaço...


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