É engraçado que quando estamos tristes ou amargurados é o nada que buscamos. Um estado de semi-esquecimento, anestésico e anulador. O nada, por mais paradoxalmente possa parecer, é o que procuramos para ocupar os espaços deixados, as chagas abertas que achamos não cicatrizar. E o nada aparece, nos preenche e por algum tempo recuperamos o equilíbrio e a caminhada.
Tudo, hoje em dia, tem desculpa,
tudo, hoje em dia, aborrece,
tudo, hoje em dia, machuca,
tudo, hoje em dia, irrita,
tudo, hoje em dia, pode matar.
Por isso persigo o nada, por estar cheio de tudo...
Pode ser que esta música diga tudo... ou, quem sabe, nada.
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