sexta-feira, 31 de julho de 2015

Uma mãozinha


A cordialidade chegou ao fim? Será que a sociedade finalmente se isolou em castelos individuais? A mídia prega uma guerra por dia e o medo se espalha a cada notícia. Sera que o ato de ser humano morreu? Esta resposta é fácil de encontrar. Desligue a TV, feche o computador e veja as pessoas nas ruas. A cada segundo em algum lugar existe alguém em um ato de cordialidade. Duvida? feche seus olhos para aquilo que a mídia manda você vigiar e abra os olhos para o que o mundo e a sociedade quer compartilhar. Seja na esquina, no supermercado, na rua, em todo lugar existe uma pessoa com um potencial ilimitado para ser cordial ao outro. Ontem, eu tinha um compromisso e estava em cima da hora, porém avistei um opala antigo, bem estragado, que apagou o motor e não religava. Dentro havia uma família humilde. O opala estava muito empoeirado e os motorista dos carros atrás dele reclamavam pela obstrução da passagem. Fui ajudar. Ao mesmo tempo que eu ia, um rapaz com aparência de classe média, pois estava com roupa de marca e óculos de sol de marca, chegou junto comigo. Não dissemos nada um para o outro, apenas recomendamos ao senhor (Motorista) que voltasse ao volante e tentasse ligar na decida. Quando começamos a empurrar, outro rapaz, também branco veio sorridente empurrar também. Três homens brancos servindo de força motriz para uma família negra e pobre. Houve um certo estranhamento do motorista, porém não havia estranhamento em nós por isso, havia o sentimento de ajuda a quem precisa. Quando o carro chegou à decida o senhor coloca a mão para fora da janela com um sinal de positivo e de agradecimento. Cada um de nós foi para seu destino com a sensação de DEVER cumprido. Mas a sociedade dormiu o sonho dos justos essa noite. A cordialidade está viva!

Cael Soares

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